Desde a última crise financeira global de 2007-2008, é natural que os consumidores e investidores fiquem atentos a sinais de uma possível queda no mercado imobiliário. No entanto, embora a pandemia de COVID-19 tenha abalado a economia global, os especialistas afirmam que a falta de moradias e o aumento da demanda ainda mantêm o mercado imobiliário em alta.

De acordo com dados de 2021, o mercado imobiliário em Portugal continua em expansão, com um aumento tanto na oferta quanto na procura por casas em todo o país. Dois indicadores-chave são usados para traçar o desenvolvimento do mercado imobiliário: a comercialização de imóveis e o preço médio das casas. Ambos os indicadores registraram um crescimento contínuo nos últimos anos, e a tendência é que isso continue.

Ainda assim, há quem acredite que a alta do mercado imobiliário é insustentável e que uma crise pode chegar a qualquer momento. A história recente nos mostra que, em geral, as crises econômicas afetam o mercado imobiliário de forma significativa. Mas será que essa possibilidade é real agora? Uma das principais justificativas para essa possibilidade é a relação da crise financeira global de 2007-2008 com a crise imobiliária dos Estados Unidos.

Embora seja importante levar em conta as lições do passado, é preciso também observar as particularidades do mercado imobiliário em Portugal. Em comparação com outros países europeus, a oferta de imóveis em Portugal ainda é relativamente escassa. Isso significa que, mesmo em tempos de crise, a demanda por moradias continua forte. Além disso, Portugal tem uma forte presença de mercado externo, com investidores de todo o mundo interessados em adquirir imóveis no país.

No entanto, é importante observar que o mercado imobiliário não é homogêneo em todo o país. É possível que algumas regiões estejam mais vulneráveis ​​do que outras a uma possível crise. O mercado de Lisboa, por exemplo, registrou um aumento significativo no preço das casas nos últimos anos, tornando-se um alvo para investidores estrangeiros. Com a pandemia e a implementação do teletrabalho, a demanda por imóveis em outras cidades, como Porto e Faro, também cresceu no último ano.

Em resumo, embora a possibilidade de uma queda no mercado imobiliário não possa ser descartada, os dados apontam para uma continuidade de crescimento, especialmente em relação à demanda e oferta. Ainda assim, é importante manter uma perspectiva cautelosa e estar atento aos possíveis sinais de crise. Investidores e consumidores devem sempre estar informados, pois isso é crucial para fazer escolhas financeiras bem informadas.